quinta-feira, março 22, 2007

Problemas de Consciência

- Psst!
- Hum... Quem está aí?

- Sou eu.

- Mau, mau, mas eu quem? Vá lá, mostra-te de uma vez.

- Jamais me poderás ver pois sou invisível, mas contudo posso ser sentida.

- Não estou a gostar da conversa, pára com a brincadeira e diz logo de uma vez quem és.

- Eu sou a tua consciência.

- Mas isso é ridículo! Nós piratas não temos consciência, somos maus como as cobras, brutos e completamente insensíveis.

- Quem pensas que estás a enganar? Eu existo no interior da tua mente jamais, conseguirás esconder-me seja o que for.

- Ok pronto confesso talvez tenha mesmo uma consciência... mas muito pequena. Ouviste?

- Ho! Claro que sim sou minúscula, que nem um grão de areia.

- Elááá! estás a gozar comigo?

- Eu? Gozar contigo, jamais nunca o fiz e certamente não iria começar agora.

- Hum não sei não, fiquei com a sensação que estavas a gozar comigo.

- Deixa de ser parvo e diz-me é o que estás a fazer?

- Como assim? Estou a meter gasolina!

- Não! Mais do que meter gasolina, estás a faze-lo numa multinacional estrangeira, que muito possivelmente explora mão-de-obra barata num qualquer país do 3º mundo, somente para facturar um pouco mais. Sem falarmos do riscos para o meio ambiente.

- Mas tu és a minha consciência ou o Jerónimo de Sousa?

- Não! Não sou o Jerónimo de Sousa e já te avisei!

- Avisaste do Quê?

- Para parares de te armar em parvo.

- Tens razão, nem o Jerónimo de Sousa é assim tão chato.

- Eu ouvi isso! Não vês que estás a trair os teus princípios e a comprometer a tua integridade? Como é que isto começou?

- Pronto talvez tenhas razão, tudo começou há bastante tempo. Sabes como é, era jovem e inconsciente.

- Então se já te apercebeste do problema anteriormente, porque é que continuas a fazê-lo?

- Bem essa é fácil antes era jovem e inconsciente, mas agora sou um adulto à espera de acumular 3500 pontos, para poder trocar por uma caixa de ferramentas.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

O Indefinido

Existem pessoas estranhas, pessoas extremamente estranhas, pessoas bizarramente estranha e existe o Cláudio Ramos (indefinido), o qual consegue ultrapassar todos os limites. Não estou de modo algum a insurgir-me contra o senhor em questão, simplesmente é-me muito difícil respeitar o tipo de pirataria que ele faz, sempre a regatear acerca da vida privada das pessoas. Mas como diz o Velho ditado “Não consegues vence-los, junta-te a eles” por isso mesmo vou aqui piratear convosco alguns factos acerca deste senhor que até agora nos eram desconhecidos do grande público.


Trabalho de mais Sucesso (Se é que se pode definir o que ele faz como trabalho)

Pois então para quem ainda não sabia o trabalho de mais sucesso do Indefinido, foi quando fez de Tinky Winky, aposto que estão surpreendidos mas o actor por detrás de Tinky Winky, o chamado Teletubbie Gay era nada mais do que o indefinido. Este foi o período profissional mais feliz de toda a sua carreira, mas no entanto a série foi cancelada quando foi encontrado pelos produtores do programa, a levar violentamente do Po por detrás ao som do “I will Survive” da Gloria Gaynor.


Momento mais difícil

A carreira do Indefinido sofreu um grande abalo quando foi preterido em relação a Luciana Abreu para o papel de Floribela, fincando sem margem de manobra sendo obrigando a aceitar fazer a tertúlia cor de rosa. Aparentemente o Indefinido já é uma Floribela na vida real, o que o levou a pensar que seria a maneira ideal de relançar a sua carreira.


Planos para o futuro

Após alguns momentos conturbados o indefinido está prestes a voltar à carga, determinado afirmar-se em definitivo como uma das estrelas da televisão Portuguesa. Ele está de volta com um projecto ambicioso, capaz de atrair uma forte atenção por parte dos media, tanto a nível nacional como internacional. Juntando o agradável ao trabalho, o Indefinido poderá ser visto brevemente numa sala de cinema perto de si, acompanhado por Zézé Camarinha em Brokeback Mountain II (O Papa Hemorróidas)

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Aborto


Se ao menos a mãe dele pudesse ter optado?

segunda-feira, janeiro 22, 2007

A Ameaça Delfiniana

Penduraram o Saddam! Aqui está uma notícia que não me deixa indiferente, não que simpatizasse com o indivíduo, antes pelo contrário, repudio firmemente o tipo de Piratarias que perpetuou ao longos dos vários anos de regime, mas além de me opor à pena de morte, penso que outros aspectos se levantam, os quais merecem muita atenção aqui por parte do pirata.
Sem duvida que Saddam era um dos maiores representantes do que mais medonho o ser humano é capaz. Mas a pergunta que se impõe é se não haverá outros tantos, que andam por aí e que ao longo de anos e anos martirizam a humanidade e que acabam escapando sempre impunes? Será que certas pessoas como o João Pedro Pais, o André Sardet ou até mesmo aquele que considero o maior grupo de super vilões do planeta, os Delfins, será que esses senhores não merecem ser castigados, por todo o sofrimento causado à humanidade.
Considero uma vergonha, que seja legalmente permitido aos Delfins, continuarem a produzir a poluição sonora que os caracteriza. Aliás, penso que na Declaração Universal dos Direitos Humanos, deveria ser acrescentado um artigo que proibisse a apresentação do barulho destes senhores, através dos meios de comunicação social ou em espaços públicos.
Existem rumores de que o regime Chinês utiliza a música dos Delfins, como forma de tortura, submetendo os opositores do regime a várias horas de grunhidos Delfinianos. Sabe-se que ao fim de 5 minutos o corpo humano começa a entrar em colapso, sendo que na maioria dos casos o próprio organismo, como forma de autodefesa e para acabar com tamanho sofrimento, faz com que a língua involuntariamente se enrole sob si mesma, impedido a passagem do ar, levando a que o indivíduo acabe perecendo por asfixia.
Além do mais, autoridades mundiais sempre tentaram justificar os acontecimentos de Hiroshima e Nagasaki, com o lançamento de bombas atómicas, mas na verdade poucas pessoas sabem que o sucedido foi o resultado da Tour de 1945 dos Delfins pelo Japão. Toda a devastação registada foi de facto, um triste exemplo dos efeitos nefastos provocados pelos grotescos ruídos, que estes senhores produzem.
Numa época em que o senhor Bush anda tão preocupado que países como o Irão e a Coreia, produzam armamento nuclear, eu, sinceramente preocupo-me é que eles assinem algum acordo discográfico com os Delfins, pois isso sim seria um sério atentado à paz mundial.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Encontro Imediato de 2º Grau

Peço desculpa a todos pela prolongada ausência, mas foi propositada e planeada atempadamente unicamente, porque descobri que o número de posts é inversamente proporcional ao número de prendas que recebo.
Acontece que por cada post que escrevo e embora, já tenha tentado por várias vezes ser mais delicado, acabo sempre por ofender meio mundo e como o natal está aí à porta, decidi que aumentava consideravelmente as hipóteses de receber mais presentes se diminuísse o número de post's.
Espero que tenha resultado e que não estrague tudo com esta pequena história que vos vou contar. Fiquem então com o Encontro Imediato de 2º Grau com o bicho público.

Chego ao ninho do Bicho Público, espreito timidamente por detrás da ombreira da porta, para não interromper abruptamente seja lá o que o aquelas duas fêmeas de Bicho Público fazem o dia inteiro no ninho.
-Boa tarde, como têm passado? Muito trabalho? - Digo eu na tentativa de ganhar a simpatia dos bichos, enquanto interiormente solto uma irónica gargalhada.
- Boa tarde - Responde lentamente a que parecia ser a fêmea dominante do ninho.
-Tal como combinado vinha para ver o espaço, para estudarmos qual a melhor forma de montar o espectáculo.
- A sério? Bolas que trabalheira a minha! Ainda à cinco minutos atrás tive que me levantar, porque deixei cair o raio do lápis... Com esta é a segunda interrupção que tenho esta tarde, assim nunca mais consigo bater o meu record no jogo da paciência*.
-Lamento causar tanto transtorno, mas posso assegurar de que se trata de algo absolutamente necessário. - Digo eu na tentativa de manter a calma.
EEENNNTTTTÃÃÃOOO!!!! Vamos lá. - Resmunga lentamente durante os 5 minutos que lhe levam a levantar o traseiro da cadeira acolchoada.
Ao que parece o palco ficava somente a 10 metros de distância do sítio onde previamente nos encontrávamos, mas este bicho estava especialmente lento neste dia**, por isso demoramos aproximadamente 3 horas a percorrer o trajecto. Em virtude do atraso quando chegámos ao palco já era noite, tornando a luminosidade no interior quase inexistente o que atrapalhava muito o bicho***.
-Epá não me diga que agora me faz acender a luz! - Exclama indignadamente o bicho.
Estas palavras proferidas pelo bicho despertaram a minha consciência, senti que já era suficiente, pois já tinha exigido demasiado daquele bicho. Já tinha ouvido relatos sobres bichos que ao serem obrigados a esforços acabavam sucumbir, por isso pensei para mim próprio (Pirata tu estás a massacrar esta pobre criatura com tanto trabalho. Olha para ela desesperada, confusa, com saudades do ninho e do seu computador). Por isso resolvi sair pois a minha consciência não permitia prosseguir com tamanha injustiça.


* - Chamo para atenção para este ritual que característico do bicho publico, pois estou convicto de que se o conhecido jogo intitulado de "Paciência", presente em diversas edições do Windows, fosse considerado desporto Olímpico, a medalha de ouro seria certamente de um bicho publico.

** - Gostaria de referir por curiosidade, que a velocidade desta espécie é cronometrada em m/h (metros por hora), sendo que o máximo alguma vez atingido por algum espécime de bicho ronda os 7,43 m/h.

*** - Este bicho em particular, devido às longas horas de exposição às radiações do écran do computador onde joga Paciência, possui graves problemas visuais.

terça-feira, novembro 28, 2006

A Verdadeira História de Vasquinho da Gama

Meus caros quero aqui partilhar convosco, os verdadeiros acontecimentos que estiveram na origem da descoberta do Caminho Marítimo para a Índia. Trata-se de um relato diferente dos que tomámos conhecimento anteriormente nos livros de História, ou através do Prof. José Hermano Saraiva.
Eis então a verdadeira história de Vasquinho da Gama.

Pequeno Vasquinho da Gama nasceu em Sines decorria o ano de 1469. Desde muito cedo revelou grandes aptidões para as artes da navegação, pois, quando contava com apenas oito anos de idade já era o arrumador de traineiras mais conhecido de toda a cidade de Sines. Costumava faltar às aulas propositadamente, para ficar a arrumar traineiras, actividade esta, que lhe garantia os rendimentos para matar os vícios do álcool, do tabaco e da droga.
Com tão grande devoção demonstrada pelo mar, mas, sobretudo pelos gamanços que o pequeno catraio vinha a aperfeiçoar ao longo dos anos, levaram a que o Sr. Estevão da Gama e a D. Isabel tomassem a decisão de colocar o jovem Vasquinho na Universidade do Vale do Tejo e Arredores, onde frequentou o curso de Descobridores.
Algures no meio dos vários anos de insucesso académico, onde a única coisa que descobriu foi o caminho marítimo para o casal ventoso, veio a conhecer a menina Catarina de Ataíde, a qual que se viria a revelar o grande amor de sua vida, e que por pura coincidência era filha do reitor.
Após três horas de conhecimento mútuo e muitas confissões, em que Vasquinho contou a Catarina do seu desejo de se tornar arrumador profissional de traineiras, e esta por sua vez lhe falou como tinha sido aprisionada pela guarda real por fazer downloads ilegais de música, decidiram que era chegada a altura de casarem. Mas, antes mesmo de terem hipótese de consumarem o matrimónio, e fruto da intensidade do seu amor, conceberam o seu primeiro filho.
Quem não ficou satisfeito com toda esta situação foi o Sr. Reitor da Universidade do Vale do Tejo e Arredores, que além de expulsar Vasquinho da universidade, proibiu-o de se voltar a relacionar com Catarina.
Sentindo-se sozinho, privado do amor de Catarina e do seu direito à educação, decidiu que era chegado o momento de tomar um novo rumo na sua vida, estava determinado a provar que tinha capacidades para providenciar um futuro a Catarina e ao filho que esperavam. Como prova da sua determinação, deixou de beber e de fumar no mesmo dia, ou seja ia alternando, num dia trabalhava para o cancro do pulmão e no outro para a cirrose, quanto às drogas foi bastante sensato e deixou por completo de consumir as mais leves.
Determinado em aumentar significativamente os seus rendimentos, questionou-se ao longo de vários dias, sobre qual a melhor forma de o conseguir, se legal ou ilegalmente? Surpreendentemente teve uma ideia, mas o que o surpreendeu mais ainda, foi tratar-se realmente de uma boa ideia, provavelmente a sua primeira.
Tal como na actualidade, já no século XV as únicas actividades rentáveis eram as lojas dos chineses. Vasquinho sabia-o, e desde então toda a sua vida mudou, pela primeira vez tinha um objectivo pelo qual deveria lutar. Contudo, o seu plano quase perfeito, acarretava consigo um sério problema, que passava pela aquisição dos produtos para comercializar. Como é compreensível, na altura as rotas comerciais ainda não estavam optimizadas de forma a satisfazer as necessidades dos consumidores, por isso a única solução seria ser ele a fazer o transporte.
Naquela altura El Rei D. Manuel treinava-se arduamente para participar na prova de vela (Classe Naus), nos Jogos Olímpicos e Vasquinho viu na Nau a oportunidade de cumprir o seu plano. Tratava-se de uma embarcação suficientemente grande para o transporte de mercadorias. Graças à prática adquirida ao longo dos vários anos a arrumar traineiras e às três páginas de apontamentos das aulas de Navegação, dos vários anos passados na "Universidade do Vale do Tejo e Arredores", também não deveria ter grandes problemas em controlar a embarcação.
Certo dia, aproveitando o dia de greve da Guarda Real, subiu a bordo da Nau e soltou amarras rumo à china.
A viagem decorria sem sobressaltos, mas ao fim de 3 meses de viajem, foi apanhado numa turbulenta tempestade, que danificou o mastro principal, deixando-o à deriva. Perdido no meio do oceano lamentou a sua falta de sorte, mas sobretudo, lamentou ter usado os apontamentos com as medidas de emergência das aulas de Navegação como mortalhas.
Esta conjugação de eventos, desviou Vasquinho da rota que deveria ter seguido e ao invés de ir para a china acabou por chegar à Índia.